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quinta-feira, 3 de março de 2011

O melhor adubo para a terra é o suor de quem a trabalha


Já diz o velho ditado, que o único sítio onde o sucesso vem antes do trabalho é apenas no dicionário.

Ultimamente temos sido bombardeados pelos mass media pelo enorme sucesso que é o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo, pois nem mesmo a ele o sucesso lhe caiu do céu. A chave para o seu sucesso foi o seu talento, mas sempre aliado a um trabalho árduo e incansável.

A acessibilidade e o tema Táxi Acessível tem tudo para dar passos largos no futuro, mas apenas se houver gente a “suar” para que tal aconteça.

Em nossa opinião o que poderia ser melhorado, após o que aprendemos com este trabalho baseia-se principalmente na mentalidade da sociedade, que esta abra de uma vez por todas, a porta, não a de fundo mas sim a principal ao tema “acessibilidade para todos”, neste caso mais especificamente ao táxi acessível de resto a evolução tecnológica ajudará por si só, consoante for a evolução desta mentalidade, sempre sem esquecer o trabalho árduo que deve ser realizado por cada um de nós.

Em conclusão deste trabalho, dizemos que:

O interesse suscitado neste século XXI pelo tema “Reabilitação e Acessibilidade Humanas” é hoje uma realidade evidente em Portugal, tanto a nível pedagógico como cientifico.

Os programas ministrados na universidade, procuram conferir-lhe um papel fundamental tanto ao nível da Licenciatura de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, como acontecerá nos futuros mestrados e doutoramentos, concedeu-se a esta área uma importância crescente.

Sairão obras das nossas editoras, a maioria delas resultantes de trabalhos de pós-graduação e multiplicar-se-ão as revistas, universitárias ou não.

A implementação deste curso em Portugal dará lugar a encontros científicos e abrirá caminho a uma série de congressos e colóquios sobre o tema “Reabilitação e Acessibilidade Humanas”

As razões deste desenvolvimento são múltiplas e complexas.

A força dos mass media, que dão conta de forma <<imediata>> de uma necessidade ou de um direito que se impõe a sociedade onde impera a necessidade de um conhecimento cada vez maior para uma melhor qualidade de vida das pessoas com mobilidade reduzida.

A pedagogia orienta o ensino para a formação de valores, que mais fácil e sugestivamente se detectam no tempo contemporâneo.

Mas o interesse avassalador pela <<acessibilidade>> resulta também, nomeadamente em Portugal, de  uma reacção ao injusto esquecimento deste tema, uma vez que nunca foi ministrado nas universidades.

É esta a nossa proposta que pretende ser objectiva neste sec. XXI, a de analisar e trabalhar o tema “ Reabilitação e Acessibilidade Humanas” de forma cientifica e objectiva.

Os táxis são necessários


   Sem deixar cair em esquecimento, o que infelizmente quase nunca acontece, fomos ao encontro do principal objectivo deste tema “Táxi Acessível” ou seja fomos requisitar a intervenção neste blogue dos utilizadores fulcrais destes táxis adaptados, as pessoas com mobilidade reduzida para ouvir as suas necessidades, o que poderia ser melhorado em sua opinião em relação a este tema e ainda ouvir a sua reacção ao comunicado feito pelo presidente da ANTRAL. E para tal representação segue-se o testemunho de um amigo, de nome Fernando Neves residente na cidade de Mirandela, testemunho este abaixo referenciado e que começa com um título bem elucidativo.

OS TÁXIS SÃO NECESSÁRIOS

   Integrar é um “atrevimento” a que só alguns se propõem. É tão grande a dificuldade, em tornar as coisas equilibradas, que só mesmo gente “doida”, arrojadamente diferente investe nesta aspiração. O país, graças (ou desgraça) à verborreia política, produz vontades e ferramentas suficientes para que a integração/inserção social se faça progressivamente, prevenindo o que amanhã, por efeito do envelhecimento pode ser um fardo social. Ter no cidadão deficiente - geralmente pessoa com mobilidade reduzida - um contribuinte, é mais necessário que mantê-lo como beneficiário. Assim se faz nos países a norte de Portugal. 

   A via mais eficaz para que um indivíduo com mobilidade reduzida, possa incorporar a vontade de contribuir, é criar-lhe condições, eliminando barreiras, para que o acesso à escola e ao trabalho seja garantido. Sem favor, ou qualquer outra espécie de sentimento menor, porque este é um direito constitucional (artª 71º da CRP).

   A ideia do táxi acessível vem ao encontro desta necessidade de autonomia e independência que têm as pessoas com dificuldades na sua mobilidade, a fim de vencer distâncias indo em busca de modos de vida que “confiram”, a seu tempo, a qualidade de contribuinte. Um país moderno, desenvolvido e “saudável”, investe em tudo o que for necessário para que os seus cidadãos reúnam condições para se tornarem bons contribuintes. Optimizar transportes reduzem a despesa nacional, e contribuem para melhorar o ambiente deve e tem de ser preocupação nacional.

   O comunicado feito pelo presidente da ANTRAL, desculpem o atrevimento, o chavão se quiserem: é todo ele sustentado numa lógica de cifrões, e desmesuradamente preconceituoso. Num país em que as pessoas se afirmam pela compra de carros de marca, importados; em bom estado evidentemente mas com vários donos, seminovo, fica-nos pouco para perceber o mundo que nos rodeia, não evoluímos: regredimos. As afirmações feitas pelo Sr. Florêncio Almeida confirmam o que disse no inicio deste texto “é um atrevimento supor que se pode utilizar o transporte que sendo público não é para todos porque “as pessoas sem deficiência não querem viajar em táxis próprios para deficientes”, mas há pessoas com deficiência que contribuem com os seus impostos para que o estado possa comparticipar na compra de um táxi! Não devem ter retorno desta contribuição?

   A vós rapazes e raparigas que sois “gente doida”, e por isso vos metestes nesta tarefa, desejo que sejais persistentes e pacientes e que se cumpra o provérbio da água que sendo mole em pedra dura bate tanto que até fura.

   Concluo, dizendo que sou paraplégico, funcionário público há 32 anos, fui obrigado a ter automóvel próprio para poder manter o emprego, várias vezes me recusaram táxi e parece que ainda hoje existe essa vontade.

   Caros leitores após leitura deste testemunho, nós fundadores de blogue achamos que não é possível ficar indiferente a esta batalha, que há muito tempo é travada por este nosso amigo e por muitos outros seres humanos com mobilidade reduzida. Ficamos especialmente sensibilizados e gratos pelo elogio de “gente doida”, pois é com este espírito de “doidos” que prometemos trabalho árduo, tal e qual um trabalho de mineiro até que a pedra dura comece a ceder até por fim furar. Se existir um pequeno mineiro em cada um de nós, a batalha “acessibilidade” será mais fácil de combater.

Entrevista a um profissional da area de Taxis Adaptados


Desde cedo tivemos a ideia que para este trabalho seria muito importante abordar uma componente pratica além da teórica. Componente prática esta que envolve o contacto com as duas partes mais envolvidas com o tema táxi acessível, os motoristas destes veículos, os taxistas os quais vamos referir agora e numa etapa mais a frente o seu público-alvo, as pessoas com mobilidade reduzida.

Como recentemente foi noticiado pelos “media” a zona porto esta agora mais rica em temos de táxis adaptados, graças a iniciativa pioneira na zona Porto, da empresa Táxi Guimarães Ldª. Fomos ao seu encontro afim de recolher algumas das suas impressões relativamente a este assunto, questionando-os sobre as suas necessidades, o que podia ser melhorado em sua opinião em relação a este tema e confronta-los com o comunicado do Presidente da ANTRAL.

Em baixo podem ler a questões por nós colocadas e as suas repostas:

Quais as dificuldades de licenciamento de táxis adaptados no actual ordenamento jurídico português?

R: É mais do que muita, por falta de conhecimento de algumas entidades, alfandega, IMMT, transformação, muita burocracia, e só uma firma de Aveiro é que está totalmente dentro da legislação, mas como os processos são 3 os tempos de espera de uns para os outros é muito.

As unidades de produção que adaptam os táxis fazem-no de forma a responder as necessidades do mercado na tecnologia de adaptações que realizam?

R: As firmas de transformação são rápidas na sua transformação, sensivelmente 8 dias após entrar na linha de montagem.

Qual é o feedback que o motorista do táxi adaptado ouve da parte dos deficientes quanto à adaptação das viaturas com os actuais modelos de adaptação?

R: Os utilizadores com deficiências profundas ficam muito agradecidos á nossa iniciativa, e só dizem que é pena não ter sido há mais tempo e o espaço da viatura é ampla que se sentem como estivessem em sua casa.
           
 As adaptações existentes podiam ser melhoradas? Em que aspecto?

R: As adaptações são conforme a legislação determina, por exemplo a nossa viatura tem (2) sistemas de ar condicionado, um para o habitáculo outro para a frente.

 Em sua opinião, de que forma o actual curso universitário da Licenciatura em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, pode e deve contribuir para uma evolução do Táxi Acessível e do serviço que este presta?

R: Quanto a Licenciatura em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, poderá trazer uma mais valia de protecção aos deficientes desde que haja um Organismo Oficial que dêem voz aos futuros engº, em todas as posições  como exemplo prédios, Elevadores etc…

Que comentário tece em relação as afirmações de Florêncio Almeida – Presidente da ANTRAL a 22 Agosto 2008, por nos referidas anteriormente aqui no blogue?

R: Quanto ás afirmações do senhor Pasteleiro Florêncio de Almeida, ele defende o que? As licenças da província que o mesmo explora, no transporte de sinistrados? Em LISBOA???? Pois este senhor quando abre a boca só diz asneira!!!, de Ranchos sabe muito vira malhão.
Fica aqui no nosso agradecimento a empresa Táxi Guimarães Ldª pela sua disponibilidade e louvamos a sua dedicação a este projecto, que sirva de exemplo para muitas outras empresas.
Concordamos inteiramente com as suas opiniões e desejamos-lhes boa sorte para o futuro e continuação de bom trabalho.

Comentário as afirmações de Florêncio Almeida – Presidente da Antral Parte 2


Por nós, afirmaríamos que:

            Os táxis para pessoas de acrescida dificuldade de locomoção ou acessibilidade não são uma ilusão! São, outrossim a grande oportunidade para deficientes e idosos se fazerem transportar com idêntica mobilidade das pessoas sem qualquer deficiência ou dificuldade.

             Tanto assim que em Portugal representam 21,6% do mercado para este tipo de transporte que, poderá/deverá existir na proporção da necessidade ou não, pois com a actual tecnologia de ponta os táxis são já adaptáveis com sistemas hidráulicos para componentes amovíveis/flexíveis que se ajustam quer ao transporte de deficientes quer ao transporte de não deficientes. Isto permite-nos afirmar que um utente não deficiente que chega a praça de táxis e que encontra na ordem de saída um táxi adaptados para deficientes e que com bancos reversíveis se transforma imediatamente em táxi para não deficientes, o utente não deficiente, socorre-se daquele mesmo táxi sob pena de aguardar na fila muito tempo pela ordem de saída do próximo táxi.

            Este tipo de transportes não é propriamente um serviço social, pois tal serviço social não é nem nunca foi feito pelos proprietários de táxis, mas sim pelo governo de qualquer pais.

            Este é um trabalho remunerado como é o qualquer serviço de táxi sendo certo que um táxi adaptável aos dois transportes, deficientes e não deficientes, tem a dupla possibilidade de rentabilizar o seu trabalho remunerado.

            Por banda de quem possuiu mais uma licença de táxi para deficientes, significa crescimento económico.

            Por banda dos deficientes e idosos, significa um apelo à igualdade de oportunidades e o direito a uma vida mais condigna, no estrito cumprimento da Constituição da República Portuguesa.

Comentário as afirmações de Florêncio Almeida – Presidente da Antral Parte 1




Os táxis para deficientes são uma ilusão”

“Não há mercado para este tido de transporte”

“as pessoas sem deficiência não querem viajar em táxis próprios para deficientes”

“o que eu quero é trabalhar e não fazer serviço social”

“Uma pessoa está nos Olivais e pede um táxi especial mas se o carro estiver em Algés não vai”

“as licenças servirão apenas para engrossar o contingente de viaturas na cidade”

“Isto não traz resultado para os clientes, mas sim par quem trabalha e fica com mais uma licença”

           A afirmação das citações poderia levar-nos a pensar estarmos, com o devido respeito, perante um “velho do Restelo”, alguém não vocacionado para a modernização de transportes especiais ou de alguém que não acompanha a evolução tecnológica ou a mutação social.

            Pois foi com mentalidades idênticas que o nosso país, se posicionou na retaguarda da Europa e resto do mundo, nesta matéria de táxis para pessoas com mobilidade reduzida.      

            Nas citações pensa pelas pessoas sem deficiências quando afirma que as mesmas não querem viajar em táxis próprios para deficientes.

            Até aqui refere apenas contrariedades sem qualquer fundamentação técnica. 

           Porem fica bem patente que não é pessoa vocacionada para o serviço social, pois pretende é trabalhar, o trabalho do liberalismo puro, cujo escopo é o lucro da lei de mercado.